Bad Bunny ouviu e concordou com ‘Nossas fotos’, versão brasileira de ‘DTMF’, diz Felipe Amorim Crédito: G1 Foto: Divulgação/Redes Sociais

O porto-riquenho Bad Bunny é o artista mais escutado do mundo no Spotify, mas não aparece nem entre os 100 primeiros na lista do Brasil, ainda resistente ao pop latino. No entanto, a versão de uma música dele em português é atualmente a sétima mais ouvida do país.

“Nossas fotos”, que adapta a faixa “DTMF”, foi lançada em janeiro por Felipe Amorim e Zé Felipe, em meio à repercussão do álbum “Debí Tirar Más Fotos”, que Bad Bunny define como uma “carta de amor” à sua terra natal.

“Já conhecia o trabalho dele, que é uma referência na música latina”, diz Felipe Amorim.

“Quando ouvimos a música, nos encantamos pela melodia e tentamos fazer com que nosso som se encontrasse e se misturasse com todas essas referências.”

A letra de “DTMF” (uma abreviação da frase “devia ter tirado mais fotos”) reflete sobre a importância dos registros fotográficos para preservar memórias, sejam elas de um grande amor, de momentos em família ou de um lugar querido — os versos deixam dúvida se Bad Bunny está se declarando a uma antiga namorada ou ao próprio país.

Nas redes sociais, o tom nostálgico fez a música virar trilha de vídeos emocionantes, com registros dos que partiram deixando saudades, especialmente vovôs e vovós.

A versão em português também fala sobre fotos, mas numa perspectiva diferente: é a história de alguém que não consegue superar uma paixão, porque sempre acaba esbarrando em cliques dela no celular. “Usamos as palavras-chave, que são marcantes e que nossos ouvidos assimilaram na hora de fazer nossa versão”, explica Felipe.

Ele conta ter entrado em contato com representantes do artista porto-riquenho no Brasil e com a gravadora responsável pelo álbum “Debí Tirar Más Fotos”, que autorizou a adaptação em português. Bad Bunny — cujo nome verdadeiro é Benito Antonio Martinez Ocasio — aparece entre os compositores de “Nossas fotos”.

“Pedimos todas as autorizações para divulgar a música e o próprio autor escutou e concordou, se mostrando feliz pela versão.”